Essa história viraria fácil um filme tragicômico. Sim, tem algo de tragédia, mas que não virou tragédia por pouco, mas realmente é muito engraçada!
Meus avós moravam numa cidadezinha do interior de Minas Gerais e sempre passávamos as férias de janeiro e julho com eles, por termos tias e primos da nossa idade era muito divertido o tempo com eles.
Em uma das vezes que fomos lá, estávamos voltando de um passeio com duas tias e a minha irmã pela rua de terra, sem calçada, com grandes terrenos abertos, cobertos de grama, mato e lama, pois era janeiro chuvoso de verão.
Como não passava muito carro, estávamos as quatro, uma ao lado da outra, fechando a rua, andando e cantando. Do ponto de ônibus até chegar na casa da minha vó era uma pequena caminhada, mais ou menos no escuro, porque a iluminação pública também era um pouco fraca.
De repente, escutamos uns meninos gritando com a gente:
_ Sai correndo, cuidado! Olha o boi!!!
Sim, não estávamos entendendo nada… mas realmente um boi fugido estava vindo em nossa direção e não dava tempo de pensar, só de correr…
Como estávamos de mãos dadas ( ou braços dados, não lembro direito), soltamos as mãos e saímos correndo cada uma para um lado.
Era um grande boi, com chifres e tudo!
Adivinhem para cima de quem o boi correu?
Sim! Para cima de mim!
Eu corri, corri, acabei caindo em um monte de mato lameado, sujando a minha roupinha rosa tão linda… ele me pisou, me pisou no braço.
Eu fiquei lá sem saber se ria ou chorava… mas eu fiquei quietinha.
Enfim, ele desistiu e foi embora… não me machucou.
Minhas tias e minha irmã surgiram não sei de onde e me ajudaram a levantar… Eu ria muito, não conseguia parar. Porque é muito inusitado ser atropelada por um boi, né?
Quantas pessoas nesse mundo pode dizer:
_ Oi, meu nome é _________ e fui atropelada(o) por um boi!
Poucas e raras, não é mesmo?
Chegando em casa, contamos a história toda para os meus avós. Meu avô ficou bravo e bradou:
_ Vou dar “parte” do boi…!!!
Essa foi a cereja do bolo… Nunca ri tanto…
Tomei um banho e minha vó fez uma massagem com um aparelhinho de fisioterapia que esquentava no meu braço.
A história foi parar no dono do boi que pediu muitas desculpas ao meu avô e prometeu que os meninos que cuidavam dos bois iam ser mais cuidadosos da próxima vez.
A experiência valeu para alertar que não se deve brincar com um boi bravo fugido.
Evitem! KKKK!
Feliz ano todo!
Renata.
Dia 01: uma história engraçada